Você já ficou em dúvida sobre como obter o AVCB (Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros) para sua loja, restaurante ou empresa? Imagine o seguinte: um pequeno empresário que abriu uma lanchonete no bairro central descobre, de repente, que precisa de um documento do corpo de bombeiros para funcionar, mas não faz ideia dos passos envolvidos. Ele sabe que é algo importante para segurança, mas não entende por que precisa contratar um engenheiro e não pode fazer por conta própria ou com outro profissional.
Contexto histórico: por que o AVCB passou a existir
Durante muito tempo no Brasil, a segurança contra incêndio em edificações era tratada de forma reativa, ou seja, as normas só avançavam após grandes tragédias. Incêndios em casas de espetáculo, prédios públicos e edificações comerciais expuseram, ao longo das décadas, a ausência de critérios técnicos mínimos para evacuação, combate ao fogo e proteção de vidas.
Esses eventos deixaram claro um ponto crítico: sem projeto técnico, não existe segurança real.
A partir disso, os Corpos de Bombeiros dos estados passaram a assumir um papel mais técnico e normativo, deixando de atuar apenas no combate ao incêndio e passando também a regular, fiscalizar e exigir medidas preventivas nas edificações. Em Minas Gerais ou em quaisquer outros estados, esse avanço se consolidou com a criação de normas próprias e, posteriormente, com a publicação da Lei Estadual nº 14.130/2001, regulamentada atualmente pelo Decreto nº 47.998/2020, que estruturam o Sistema de Segurança Contra Incêndio e Pânico no estado.
É nesse contexto que surge o AVCB – Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros:
não como um simples “documento”, mas como a etapa final de verificação de que uma edificação foi projetada, executada e está sendo utilizada conforme critérios técnicos de segurança e ciência.

O AVCB passa a representar, oficialmente, que:
- as medidas de prevenção contra incêndio foram corretamente dimensionadas;
- os sistemas foram instalados conforme projeto aprovado;
- e que a edificação oferece condições mínimas de segurança para seus ocupantes.
Com o amadurecimento desse sistema, o CBMMG estruturou as Instruções Técnicas (ITs), documentos normativos que detalham, de forma objetiva e técnica, como cada tipo de edificação deve ser tratada, considerando área, ocupação, risco, carga de incêndio e altura.
Nesse momento, torna-se inevitável a participação de um profissional legalmente habilitado. As ITs deixam claro que não se trata apenas de posicionar extintores, mas de:
- calcular rotas de fuga,
- dimensionar sistemas de combate,
- analisar risco,
- interpretar normas técnicas,
- e assumir responsabilidade legal por decisões que impactam diretamente a vida das pessoas.
São mais de 40 Instruções Técnicas que devem ser atendidas para que seu estabelecimento esteja regularizado perante o Corpo de Bombeiros.
https://www.bombeiros.mg.gov.br/normastecnicas

É por isso que o processo de segurança contra incêndio evoluiu para o PSCIP (Processo de Segurança Contra Incêndio e Pânico) e passou a exigir projeto técnico acompanhado de ART ou RRT, vinculando o conteúdo do projeto a um responsável técnico.
O engenheiro, nesse cenário, não é um intermediário burocrático. Ele é a figura técnica que transforma a legislação e as ITs do CBMMG em soluções aplicáveis à realidade da edificação, garantindo que a vistoria do Corpo de Bombeiros seja uma consequência natural de um projeto bem elaborado — e não uma tentativa de correção posterior.
Caso queira entrar em contato com um engenheiro especialista em projetos de prevenção e combate a incêndio, visite nosso site ou solicite seu orçamento diretamente pelo WhatsApp ou e-mail: (33) 99874-9940 / contato@joaol7engenharia.com
Acesse também:


